Falta mão de obra qualificada no comércio eletrônico

O crescimento da internet em todo o mundo fez com que as empresas percebessem a oportunidade de criarem lojas virtuais para oferecerem produtos por meio da plataforma online. Hoje, é cada vez mais difícil encontrar grandes empresas que não tenham presença ativa na rede. A facilidade que envolve o processo da compra virtual, que pode ser realizada em qualquer lugar e hora, sem a necessidade de enfrentar filas, é um dos principais fatores que influenciam as pessoas a não saírem de casa para poder adquirirem determinado produto. Por isso, em muitos casos, algumas empresas obtêm mais lucro com lojas virtuais do que com lojas presenciais.

Somente no ano passado, as vendas pela internet movimentaram R$ 18,7 bilhões, com crescimento de 26% em relação a 2010, segundo a e-bit, empresa especializada em informações sobre o comércio virtual.  Para 2012, a projeção é que o e-commerce cresça mais 25%, diz a diretora do e-bit, Cris Rother. Em 2011, 32 milhões de consumidores fecharam negócios nos sites de comércio eletrônico cadastrados no e-bit. Em 2010, tinham sido 23 milhões. Os números apontam para a tendência de expansão do comércio eletrônico para os próximos anos. Por isso, as empresas devem estar preparadas para este crescimento, principalmente em termos de logística e atendimento ao cliente.

A criação de lojas virtuais exige profissionais especializados das áreas de análises de sistema, logística e expedição, gestão financeira, mídia e marketing digital, web design e segurança e arquitetura da informação. No entanto, o mercado ainda carece de profissionais capacitados. De acordo com o último levantamento Webshoppers, feito pela e-bit, em parceria com a Ecommerce School, do ponto de vista das lojas virtuais ativas, há grande dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. Entre as lojas entrevistadas, 63% contrataram profissionais nos últimos seis meses, sendo que 79% acharam que os candidatos não atendiam a todas as habilidades necessárias. O levantamento também revelou que depois de contratados, esses profissionais precisaram ser treinados para atuarem no e-commerce. Desses, 73% foram treinados pelo próprio gestor e apenas 3% não precisaram de treinamento.

A carência de mão de obra indica o bom momento para profissionais que atuam nas áreas que envolvem o comércio eletrônico se especializarem, já que uma boa parte da economia deve migrar para o e-commerce nos próximos anos, aumentando assim as chances de uma boa colocação profissional. O desafio de quem trabalha na área é tornar o processo de compra cada vez mais dinâmico e atraente, de olho na experiência do usuário.

Sobre Carlos Alberto Alves

Administrador no Estado do Rio de Janeiro.
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